Esportivo está valorizado entre antigos e pode chegar a valer R$ 45 mil
O final da década de 80 as importações ainda eram fechadas no Brasil. Mas mesmo assim tínhamos alguns modelos especiais, que viravam a cabeça da molecada. Podemos dizer que foram os últimos esportivos legítimos, com diferenciais que os tornavam versões exclusivas.
O “Salão do Automóvel” de 1988 novamente recebeu a visita de milhares de aficionados por máquinas velozes e novidades do meio. Naquela edição o estande da Volkswagen concentrou um movimento todo especial. Em destaque estava uma nova versão do Gol, que trazia a injeção eletrônica como maior atributo.
Mas não foram os aspectos tecnológicos que causaram tamanho burburinho. A versão trazia um logotipo que já era sinônimo de esportividade pura na Europa e Estados Unidos há vários anos: GTI. Por lá o Golf, lançado em 1976, já era conhecido pela desenvoltura em estradas sinuosas.
A tonalidade azul-marinho (chamada de Mônaco) com as rodas “pingo d`água” transformaram o hatch em sonho de consumo instantâneo. E foi com um desses exemplares que ficamos frente a frente para conhecer suas características e pisar fundo. A primeira coisa que notamos foi que ele desperta muitos olhares pela rua. Especialmente após mais de duas décadas de seu lançamento.
Um dos destaques do GTI diz respeito ao acabamento, algo que não vemos mais por aqui. Os bancos Recaro acomodam bem o corpo e contam com abas nas laterais. Além disso, a própria padronagem do estofamento mostra a exclusividade da versão. O volante “quatro bolas”, outro sucesso durante as décadas de 80 e 90, fecha o conjunto.
E a grande novidade da época? Sim, o motor de 2 litros causou sensação, especialmente por equipar um carro tão leve. O bloco com injeção eletrônica da Bosch, que dispensava as pavorosas partidas nos dias frios, entrega 120 cv com torque de 18,3 kgfm.
Ao girar a chave, mais esportividade. O som do escape Kadron marca presença e instiga o motorista a conhecer um pouco mais. Durante a avaliação foi possível notar que o desempenho era um de seus pontos fortes, com velocidade máxima de 175 km/h. Por essa razão, se tornou um carro mais rápido do Brasil.
Os europeus, aliás, têm uma ótima definição para esportivos pequenos e extremamente divertidos: são os “hot hacthes”. E foi possível entender isso através do ótimo comportamento dinâmico do GTI, seu baixo peso e a transmissão de cinco marchas com engates absolutamente perfeitos. A ergonomia do painel é outro ponto forte.
O modelo tem tido valorização crescente nos últimos anos. Um exemplar de 1989 foi cotado recentemente na faixa dos R$ 45 mil. Por isso se você quer reviver a juventude, melhor se apressar. E na semana que vem traremos uma máquina do tempo que fez sucesso no cinema: algum palpite?
Visto no: Webmotors
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